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Bryan Adams: «talvez toque em Portugal em 2015»


Entrevista do rocker canadiano à Rádio Comercial.



Em entrevista à Rádio Comercial, Bryan Adams revela que vai lançar um novo álbum de originais em 2015, avançando também a hipótese de tocar em Portugal proximamente, durante a digressão comemorativa do 30º aniversário de "Reckless", o álbum mais reconhecido da sua carreira, glorificado por êxitos como 'Heaven', 'Somebody' ou 'Run to You' (o tema de eleição do canadiano).

Cumprimentando educadamente em português esforçado num «como esstá?», alongou-se mais sobre o novo disco de versões "Tracks of My Years" e sobre as memórias de "Reckless" do que sobre a sua exposição de fotografia no Centro Cultural de Cascais, "Exposed", que inaugura amanhã à noite.

Eis a entrevista na íntegra, conduzida por Patrícia Pereira:

Este álbum "Tracks of My Years" permite-nos saber quais eram os seus gostos musicais antes de se tornar famoso?
Queria que este álbum representasse as músicas que eu cresci a ouvir. Contudo, o que quis fazer neste disco foi pegar em canções de que me lembro quando decidi ser músico e não propriamente canções que eu teria comprado.

Há algum tema que seja para si intocável e que não se atreveria a fazer uma versão?
Montes de canções, dos Beatles, dos Led Zeppelin ou dos [Rolling] Stones. Não lhes posso tocar, são já demasiado populares.

Li numa entrevista que 'God Only Knows' dos Beach Boys é a sua versão preferida. Foi difícil para si de gravar?
Ao dizer que era a minha versão preferida, quis antes dizer que era uma das mais bonitas canções jamais compostas. Não foi difícil de gravar. Foi uma decisão difícil de se tomar sobre o rumo a dar à versão. Optei por fazer uma versão bastante simples, ao piano, sem muita instrumentação e sem nenhuns efeitos na minha voz para tornar a coverbem verdadeira.

Também quis ser muito verdadeiro com a capa que escolheu para o disco. Pode contar-nos a história por trás da capa?
(Risos) Naquela foto tinha 15 ou 16 anos, e é o momento em que eu tinha a certeza que queria ser músico. Pensei que daria uma boa capa porque reflecte o período em que tomei essa decisão. Estava com uma grande cabeleira e um cigarro numa das minhas mãos. Era um tempo diferente.

Pensa levar o disco para a estrada?
Não me parece.

O que pode dizer-nos sobre 'She Knows Me'[o único original de Bryan Adams em Tracks of My Years]?
É uma canção nova, composta por mim e por Jim Vallance. Escrevi esse tema há uns anos. Quando o produtor de "Tracks of My Years", David Foster, me perguntou se tinha alguma canção, mostrei-lhe algumas, e quando toquei 'She Knows Me' disse-me imediatamente: «vamos lá gravar essa canção».



Há quanto tempo não grava uma música?

Estou sempre a gravar músicas. O novo álbum que estou a gravar sai no próximo ano.

Antes, vai estar a promover o 30º aniversário do "Reckless".
Vamos fazer uma digressão comemorativa que vai começar no exacto dia em que foi publicado (5 de Novembro) e que vai durar alguns meses. Para já, vamos dar alguns concertos em Inglaterra e na Alemanha, e depois vamos para o Canadá. Quem sabe se no próximo ano não faremos uma digressão do "Reckless" que passe por Portugal.

O "Reckless" é já um clássico do rock & roll. Imagina alguém a fazer um álbum de versões que contenha temas desse disco?
Isso seria muito simpático. Adoraria.

Qual é a sua versão preferida do "Reckless"?
Diria o 'Run to You'.

Esperava tanto sucesso?
Não. Pensei que as pessoas iriam gostar. Achei que estava a fazer um bom sucessor do 'Cuts Like a Knife'. Muitas das canções [do "Reckless"] só se tornaram êxitos na Europa alguns anos mais tarde. Por exemplo, o 'Summer of 69' só se tornou um hit quase dez anos depois.

O 'Summer of 69' ainda é hoje um hino sobre o final da juventude.
É uma grande canção, ainda a adoro. Tem passado no exame do tempo. Estou muito agradecido às pessoas por gostarem tanto do tema.

Hoje em dia já não se gravam duetos juntos no estúdio. Estava no estúdio com a Tina Turner quando registou 'It's Only Love' [outro dos temas de "Reckless"]?
Sem dúvida nenhuma, estávamos no estúdio os dois. Mal a Tina deixou o estúdio, virei-me para o engenheiro do som e pedi-lhe: 'podes passar a fita para trás para termos a certeza que gravámo-la?'.

Se passar pela Suiça, peça-lhe para cantar consigo novamente.
Há dias, descobri na internet outro dueto que fizemos, intitulado 'Without You'. Era uma gravação ao vivo num estúdio de televisão e não podia acreditar o quanto excitante foi de assistir a este dueto. Ela é fantástica, não há como não dizer isto. É uma cantora fantástica. Foi um privilégio ter trabalhado com ela naquela altura em que estava a protagonizar o seu maior regresso de sempre.

O que podemos esperar da sua exposição de fotografia em Cascais? As fotos foram escolhidas por si?
Sim, foram. E poderão ver na exposição fotografias de figuras portuguesas. Terá que ver em Cascais quais são.

GP

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